segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Quando se descobre um passado que não se lembrava

Ele pode ser mais atual que imaginávamos. Em breve postarei uma poesia de 1 ano atrás que nem lembrava que existia, assim como o texto que vai. Pelo que lembro, inspirado no livro A Cura de Schopenhauer. Mais atual do que nunca.

18 de junho de 2007

Desistir da vida. Esse é o primeiro passo para aproveita-la.
Perceber que a vida não é pra ser levada tão a sério, já que o mesmo destino está escrito para o final de todos nó:a morte.
E que tudo, assim, seja bem vivido. Que a dores sejam pequenos enfartos, os amores sejam perfeitos, os momentos sejam eternos.
Que tudo que for pequeno seja esquecido, afinal, pra que se importar com o que os outros pensam ou falam? Qual diferença fará isso, depois que você se for?
Que leve como aprendizado apenas os máximos e extremos. Que releve tudo que for mediano.
Isso, é meu novo viver.

Gabriel Riva

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

02:19 de uma segunda-feira...

...e eu deveria estar dormindo, mas a cama não me chama.
Passei pela sala, mais cedo e vi meu irmão vendo Superpop, tive raiva. Não por ele estar vendo superpop - cada um na sua, uns curtem meninas, outros meninos, uns supernatural, outros superpop - mas porque evangélicos discutiam com funkeiros. Me revoltei. Não também pela discussão - eles que briguem, se batam, se arranhem, explodão, sei lá. Me revoltei porque é sabido, senso comum, quando evangélicos vão falar mal de algo em programas de quinta, é de RPG!!! E não de Funk! Trocaram o RPG por funk! Me revoltei.
Acho que terei que sair por ai, com minha camisa do encontro de rpg, e desenhar crucifixos pela cidade com catchup e falar que é sangue de recém nascidos...enfim, devaneios da madrugada. Meu blog é assim: escrevo qualquer coisa que me venha na cabeça. Um dia estava constatando que me falta profissionalismo. Se retocasse meus poemas antes de posta-los, provavelmente ficariam melhores. Mas prefiro eles mais frescos.

Hoje o post tá longo. Postarei para vocês ainda 1 texto - curto, que fiz pra por na descrição das fotos do meu time de futebol americano - e 2 versões da mesma poesia.
A poesia é a fatídica da noite de domingo para segunda, em que sem saber, chorava no dia certo. Foi feita em um celular enquanto andava na praia e num guardanapo de um bar solitário. Primeiro, postarei uma versão um pouco mais trabalhada, e a última sera sua versão original.

Obrigado aos que entram aqui e, ainda mais, aos que se dignam a comentar(2 ou 3) - é sempre um incentivo a mais para postar.

Longos dias e belas noites.
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É fácil chamar de irmão aqueles que sempre lutaram ao seu lado. Mas isso aqui não é festa de ano novo ou natal. É guerra. E na guerra, poucos tem a coragem de dar seu sangue por aquele que outrora foi seu inimigo - mas que agora dão o sangue por você também. Isso meus amigos, é honra, jamais trair o compromisso que assumiu. Lutamos, sangramos, perdemos, ganhamos. Mas nunca abandonamos um guerreiro. Levamos na cara, pra depois levantar e, não oferecer o outro lado, mas pra bater ainda mais forte. Isso, meus amigos, é força. Somos Corsários, somos Buccannons, somos o Novo Niterói Warriors, e estamos prontos para a batalha. Força e Honra.

Gabriel Riva
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Lágrimas em palavras - segunda versão

Eu te ligo procurando a salvação
Ou alguma outra resposta mesmo sabendo que vai dar ocupado.
No fundo todo mundo sabe que mora dentro
pra qualquer problema a salvação,
mas é que minha aflição eu carrego nas costas.
Eu me acovardei.

Eu vi a morte mais de perto que pudia,
Eu vi a vida mais de perto que queria,
eu dei um trago. No meu mais novo hábito de fumar um cigarro
pra acompanha o já velho da bebida, qual é o mal nesse também,
eu pensei.

Você me ofereceu um beijo uma trepada,
No fundo só queria companhia,
mas tem pessoas difíceis demais para viverem sozinhas.
Dizem que tem males que vivemos para o bem,
mas sou egoísta, prefiro não vivê-los
isso me torna quem?
Aceitei.

Essas palavras são mais choradas que escritas,
Essas palavras são mais de dor que de ternura,
Minha busca me levou para um beco sem saída.
Vou vivendo, vou largando, vou bebendo, vou levando
me levanto, e a cabeça gira
de bebida, de cigarro, de problemas, mais um dia, aguentei.
Me pergunto:
quantos mais assim, que aguentar terei?

Gabriel Riva
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Lágrimas e palavras - primeira versão

Eu te ligo procurando a salvação
Ou alguma outra resposta mesmo sabendo que vai dar ocuopado,
mas é que minha aflição eu carrego nas costas.
No fundo todo mundo sabe que mora dentro pra qualquer problema a solução,
mas eu me acorvadei.
Eu vi a morte mais de perto que pudia,
Eu vi a vida mais de perto que queria,
eu dei um trago
No meu mais novo hábito de fumar um cigarro
pra acompanhar o velho da bebida, eu pensei
qual é o mal nesse também?

Você me ofereceu um beijo uma trepada, eu aceitei.
No fundo só queria companhia,
Minhas dores são grandes demais preu levar sozinho,
tem pessoas difíceis demais para viverem sozinhas,
não aguentei.
Dizem que tem males que vivemos para o bem,
o suicida tem a morte que deseja.
Mas sou egoísta, isso me torna quem?
Essas palavras são mais choradas que escritas,
Essas palavras são mais de dor que de ternura,
Minha busca me leva para um beco sem saída.
Vou vivendo, vou largando, vou bebendo, vou levando
me levanto e a cabeça gira
de bebida, de cigarro, de problemas, mais um dia, aguentei.
Mas quantos mais assim, que aguentar terei?

Gabriel Riva

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Adeus, Garça

Ontem fiz uma poesia sem saber o que sei hoje:
que hoje fazem 2 meses que Gus se foi.
Ao contrário do que pensam, essa data é e sempre será marcante. Ela não é uma coisa pra ser esquecida, é pra ser chorada, é pra se sentir nela toda a saudade que foi sendo guardada pra quando se encontrasse com ele - a mente demora a aceitar a verdade.
Todo ano, lembrarei: 19( o meu bom e velho 19 - call fate) dias antes do meu aniversário ele se foi. E chorarei, não importa o quão corrupto e pudreto possa ser meu futuro - chorarei o mais inocente e belo choro, voltarei aos tempos de criança e aos de não tão criança assim. Rirei das lembranças.
Voltando a poesia, não sairá fresquinha aqui. Não. Ela fica pra próxima. Ela é desespero, ela é dor, ela é amarga como não quero que seja esse post hoje. Vai, ao contrário, uma poesia doce, de Bandeira, mas que poderiam me dar pontilhada numa folha para eu ligar os pontos. Ela é minha. Ela é tão minha quanto dele. E tão minha como de outro.

O Último Poema

Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira