O escritor tem uma sina maldita: de magoar aqueles que o amam com seus escritos. Um texto de sentimento, invariavelmente, a alguém machuca. Seja aquela que serviu de inspiração, ou a amante desiludida, o amigo criticado ou, muitas vezes, a soberba que se acha alvo. Seja mentira ou verdade(e não seria este um conceito relativo?), alegal presença de eu-lírico nunca melhoram as coisas.
Desta sina já fui agente e receptor, e acho que muitas pessoas o foram.
A poesia que vou postar hoje é bem diferente do que normalmente faço. Aos macacos velhos, digam se gostaram, aos novos, não se assustem...
Fruto D`hora Depois
Parabéns! Conseguiste, sinto nojo de mim mesmo.
Agora que é findo nosso beijo,
vejo que a trepada aliviou teu desejo
e a carícia me marco à ferro e fogo!
Mas vamos, ries, afinal consebera sua vingança!
Perplexo, observo enquanto pra longe você avança.
Seu último olhar - desprezo? - ainda me afronta.
Fui sua puta, confesso, e ainda paguei a conta.
Gabriel Riva
domingo, 27 de abril de 2008
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2 comentários:
como eu já disse, adorei! no mínimo intensa !
gostei bem dessa.
bem legal
só achei umas palavras meio pomposas... "ries"?
enfim
um dia desses eu vou te ligar e passar na sua casa ok?
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