Mariposa (Duty)
Sonhava muito porque pouco vivia,
e a cada atrocidade vivenciada,
mais em sonhos se entretinha.
A cada sonho, menos sentido viver fazia.
Se perguntando: Viver sem sonhos?
Melhor morrer, dizia.
Eram tantos sonhos em tantos contos,
que poucos planos detinha.
Devaneando, perdeu o ponto,
tempo adentro, foi esquecendo que existia.
E assim, pensou um dia: “Se eu pulasse, será que voaria?”
No chão, carne concreto sangue
lágrimas de raiva e culpa
promessas e xingamentos.
Voa alto mariposa, até o firmamento!
Olha só, quem diria! Que sua alma,
belas asas teria!
Gabriel Riva
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
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