domingo, 23 de março de 2008

E ponto

A cada dia, milhares de idéias são acessadas por homens inventivos, criativos, capazes de montar os mais belos engenhos, poemas, melodias, filmes. Mas nenhum homem criou uma idéia, elas são pescadas de um outro plano, como diria Platão, um plano onde as idéias perfeitas residem e o que nós produzimos é apenas um esboço dessa perfeição.
Cada vez que uma idéia é acessada, ela se torna mais fácil de pescar. Cada vez que lê-mos uma idéia, nós nos tornamos mais ela, elas se tornam mais nós. Por isso é fácil ao homem se reconhecer nas palavras de outro, porque aquela idéia não era de um homem, mas sim de todos, na verdade, de qualquer coisa muito maior que o homem.
Me reconheci em muitos versos, filmes, músicas. Esse blog nasceu das idéias de outro homem, Leminski, como disse e postei no começo, inclusive postando a poesia original dele, que deu lugar a essa nova. Um hino a criação, a imaginação, um retrato de minhas buscas.
O título do post anterior, me veio sem querer. Mas alguns dias depois me vi respondendo, com orgulho e batendo no peito. Porque o que eu sou? Sou. E pronto.

misto de tédio e mistério
Um meio dia, nunca um meio termo
incerto é ver nesse verso
aquilo que o inverno teme
que pode fazer o dia acordar mais cedo
e ser eterno o amanhecer.

Gabriel Riva

3 comentários:

Anônimo disse...

assim vc acredita?

Analice Ról disse...

Gostei muito desse poema. Já tinha lido no seu perfil e, desculpe a demora de postar aqui. Poeminha estilo Leminski, digo poeminha pelo tamanho, não pela beleza que é grande. Parabéns! Vê se escreve mais, porque sou eu quem ganha com isso. Beijo grande, Sr.

Anônimo disse...

post mais!