sábado, 8 de março de 2008

- Sr. O que você é? - Eu, eu sou poeta...

Não são 7 da manhã de um dia de insônia, nem tenho um post todo montado na mente, elaborado e auto-explicativo. Mas não preciso ter.
Estou lendo um ótimo livro, "Meus dias de escritor", sobre uma escola onde garotos disputam para conhecer seus heróis, escritores americanos. Lembro particularmente de um trecho que fala sobre as poesias do protagonista, um menino anônimo, que são chamadas unicamente de fragmentos, por serem "[...]compostos nalguma febre de ardor ou filosofia que me abandonava antes que pudesse levá-lo a significar alguma coisa." . Eu mesmo já produzi fragmentos aos montes.

Flerte

O meu problema é a primeira palavra,
como mostrar em tão rápida lábia,
toda a admiração pelo corpo, pelo jeito, pela face?

E como neste minuto de decifragem
em que sons se trocam e lábios se tocam,
não destruir a musa idealizada?

Como no minuto que precede o dito
não temer que o que fica escondido
seja suficientemente sombrio
para afasta o futuro que eu poderia ter,
contigo.

Gabriel Riva

3 comentários:

Analice Ról disse...

gostei do poema e, como disse da outra vez, percebi verdades atrás dessas palavras. a vida é você quem faz, por mais que não possamos escolher nosso futuro, podemos escolher o que fazer no presente. daqui a pouco, o tempo passa, o dia acaba, as pessoas que voltavam não voltarão mais e cairemos na real: perfeição não existe na Terra. Não há mulher perfeita e nem musa não idealizada. É aquela história, não fique com uma pessoa,procurando uma musa, faça dela a sua própria musa. Eu acredito em cara-metade e tudo mais, mas há vida esperando pra se viver, há sentimentos, há emoções transparecendo. Resumindo: não se preocupe com o futuro e nem com o que o destino te reserva. Sozinho você nunca ficará. beijundas. ps: vou deixar de entrar aqui, esse blog é uma farsa! você ainda é estranho! (=

Anônimo disse...

gordo!

Anônimo disse...

Bolinha, vc é sensacional.
=D
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